猴痘
人文学科
生物
哲学
牛痘
基因
生物化学
重组DNA
作者
Wanderley Dias das Chagas,James Lima Ferreira,Raiana Scerni Machado,Alessandra Alves Polaro Lima,Edna Maria Acunã de Souza,Maria Silvia Sousa da Lucena,Rita Catarina Medeiros Sousa,Fernando Neto Tavares
标识
DOI:10.1016/j.bjid.2023.103478
摘要
Popularmente conhecida como varíola dos macacos a monkeypox (MPOX) é uma zoonose ocasionada por um Orthopoxyvirus (OPXV) que teve seu primeiro caso descrito em humanos na República Democrática do Congo em 1970, tornando-se posteriormente endêmico em países da África Central e Ocidental. Em maio de 2022 foi relatada a detecção em vários países não endêmicos onde não se tinham ligações epidemiológicas conhecidas e o número de casos continuou a aumentar com a contínua transmissão em todo o mundo, no Brasil o primeiro caso foi confirmado em junho de 2022, logo após foi instituída a vigilância de rotina dos casos suspeitos. Diante disto, este estudo objetivou descrever a prevalência, as características epidemiológicas e clínicas dos casos confirmados de MPOX no Estado do Pará. Para isso, foram analisadas amostras de swab de lesão coletadas de casos suspeitos e que deram entrada no Laboratório de Enterovírus (LEV) do Instituto Evandro Chagas (IEC) que atua como referência laboratorial para o Monkeypox no Estado do Pará no período de julho de 2022 a junho de 2023. Foi realizado o levantamento e tabulação das informações epidemiológicas e clínicas dos casos, após isso as amostras foram extraídas e testadas por Reação em Cadeia mediada pela Polimerase em tempo real (qPCR) utilizando oligonucleotídeos e sondas específicas para detecção de MPOX. Das 284 amostras recebidas 45,8% (130) foram confirmadas, onde 95% (124) pertenciam a pacientes do sexo masculino tendo o grupo etário de 20 a 29 anos com 86% (61) dos casos. Os sintomas mais comuns relatados foram febre (78,4%), lesão cutânea (62,3%), cefaléia (60%) e adenomegalia (38,4%). Dos pacientes positivos 86% (112) se enquadram no grupo de homens que fazem sexo com homens, 52% (68) são pessoas que vivem com HIV e 18% (24) possuem alguma infecção sexualmente transmissível ativa, sendo a sífilis a mais prevalente com 91,6% (22) dos casos. Foi registrado a hospitalização e posterior óbito de um paciente que vivia com HIV e possuía sífilis ativa. Diante disto, pode-se avaliar que o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes no Estado do Pará se assemelha com os descritos em literatura em todo o mundo, logo, torna-se fundamental a vigilância epidemiológica deste patógeno uma vez que atual e rápida disseminação e evolução do MPOX não têm precedentes e representa uma ameaça contínua à saúde pública.
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